quinta-feira, 1 de julho de 2010

Cada Poça Dessa Rua Tem Um Pouco De Minhas Lágrimas


Você vai dizer. Eu não fiz por mal. Eu não quis te magoar. E eu vou dizer. Que seria ideal. Fugir, te abandonar. Pra sempre, pra sempre. Começa a chover (começa a chover). E a lágrima vai se misturar. Com a água que cai do céu. E ao anoitecer (e ao anoitecer). Em vão eu tento encontrar. O que de mim você levou. Pra sempre, pra sempre. Perdoa por eu não poder te perdoar. Dói muito mais em mim não ter a quem amar. Ecoa em mim o silêncio dessa solidão. Pudera eu viver sem coração. Viver sem você (você, você). Sem você (sem você). Viver sem você. Em cada poça dessa rua você vai me ver. Em cada gota dessa chuva você vai sentir minhas lágrimas. Minhas lágrimas. E a cada dia da sua vida você vai chorar. Lágrimas sofridas que não vão somar um décimo do que eu sofri. O quanto eu sofri. Eu pude ver o sol desaparecer do seu rosto, dos seus olhos, da sua vida. Desaparecer

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