quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ana e o Mar

Veio de manhã molhar os pés na primeira onda. Abriu os braços devagar e se entregou ao vento. O sol veio avisar que de noite ele seria a lua, pra poder iluminar. Ana, o céu e o mar. Sol e vento, dia de casamento. Vento e sol, luz apagada no farol. Sol e chuva, casamento de viúva. Chuva e sol, casamento de espanhol. Ana aproveitava os carinhos do mundo. Os quatro elementos de tudo. Deitada diante do mar. Que apaixonado entregava as conchas mais belas. Tesouros de barcos e velas. Que o tempo não deixou voltar. Onde já se viu o mar apaixonado por uma menina? Quem já conseguiu dominar o amor? Por que é que o mar não se apaixona por uma lagoa? Porque a gente nunca sabe de quem vai gostar. Ana e o mar... mar e Ana. Histórias que nos contam na cama. Antes da gente dormir. Ana e o mar... mar e Ana. Todo sopro que apaga uma chama. Reacende o que for pra ficar. Quando Ana entra n'água. O sorriso do mar drugada se estende pro resto do mundo. Abençoando ondas cada vez mais altas. Barcos com suas rotas e as conchas que vem avisar. Desse novo amor... Ana e o mar

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